Depois de quase 12 infinitas horas de voo, a aeronave pousou tranquila no aeroporto de Cingapura.
Essa perna da viagem foi mais cansativa do que a ida à Alemanha. Ora porque as crianças não dormiam, ora por que a gente mesmo não conseguia pregar no sono, ou ora porque a Ro e a Carol passavam mal.
O voo foi realizado pela Lufthansa. O que posso dizer é que essa companhia é uma porcaria. Parece com uma Varig, um pouco melhorada e melhor gerida, mas com vários problemas internos.
Para começar as aeronaves. Por mais que seja uma empresa global, a amostragem que colhemos foi que tem uma frota muita velha = talvez do final da década de 80, começo da 90.
Os aviãos são apertados como todos os outros, porém os aviões mais modernos possuem um sistema de entretenimento individual. Cada passageiro tem seu próprio monitor de LCD e seu controle remoto. Daí você pode interagir da forma que quiser. Assistir a um filme, um seriado, tem até jogos simples de videogame.
Já na Lufthansa não. A cada cerca de 6 fileiras de poltronas, tem uma baita de umat televisão em cima do corredor de passagem, onde todo mundo tem que assistir a mesma coisa. A posição da tela não ajuda muito para quem esta perto dela, ficando como num cinema ao se sentar na fila do gargarejo. E sem dizer que é uma televisão de tubo (não é tela plana). Imagem e definição aquém ao que já temos disponível no mercado.
Portanto, não nos iludamos. É um Boeing 747-400, mas é como ter um grande Galax Landau para sair para viajar.
E as aeromoças? Cada loirona. Talvez se eu tivesse pelo menos mais uns 20 anos, daria para ficar no pau a pau. Em vez de chamar de aeromoça, a gente pode chamar de Tia. acho que fica mais formal. Ou seriam, como já dizem alguns, aerovelhas. O bom é que se vocë encher a cara de vinho e de outras bebidas alcóolicas que eleas servem à bordo, você vai achar que tá no meio da Show da Xuxa, com um monte de paquitas. Mas deixa para lá .... que a Ro não leia este parágrafo.
Também tivemos problemas no check-in.
A disposição das poltronas de cada fileira do 747 é: 3 corredor 4 corredor 3 - ou seja 7 por fileira.
Quando vi os bilhetes a Carol estava na janela, a Ro no meio e colocaram uma outra pessoa no corredor. Eu fiquei exatamente atrás da Ro, na fileira seguinte. O beco, como criança de colo, teria que viajar no colo - obviamente. Entretanto, para algumas poltronas, desde que reservado, eles instalam um pequeno berço na frente da mãe.
Essa foi a cama do Beco nos 2 voos que pegamos.
A cama é posicionada na parede da frente da poltrona, bem na frente dos passageiros.
Para nossa sorte, o rapaz viu que não ia ser fácil para ele aguentar duas crianças no colo dele também, e aceitou trocar comigo. Sorte dele também....
A comida muito ruim. Eu que me considero um glutão (quem me conhece sabe do meu poder devorativo) nem toquei nas duas refeições servidas. Talvez muito influenciado pelo mal estar que se instalou na Ro e na Carol.
Tudo começou na refeição da noite. Ambas comeram e horas depois, começaram a vomitar. A sorte é havia várias sacolas de material publicitário nas poltronas, que serviram de depósito de comida fresca e mal digerida.
O problema é que depois do vômito, vem o mal estar e dor de cabeça - talvez causada pela pressão atmosférica. O fato é que foram as 12 horas mais longas que já viajei.
Chegando no aeroporto, outra surpresa: Cadê o carrinho de bebê do Bernardo?
Explico: Alguns tipos de carrinhos de bebês são permitidos que se adentre na zona de embarque. Somente ao chegar na porta do avião você retira o bebê e entrega a um agente de embarque. Muito cômodo. E quando você deixa a aeronave, eles te devolvem o carrinho ainda na porta do avião.
O problema é que fiquei esperando um tempo, até que decidir perguntar ao agente pelo carrinho. Educadamente me falou que não havia mais nenhum carrinho, e que eu deveria retirá-lo diretamente na esteira de bagagens, juntamente com as nossas coisas.
Aí já começa um desconforto.
Imagine o drama: Ro com dores no corpo pelo mal estar, tendo que carregar o bebê. Eu com a Carol e um carrinho de mão com toda a buginganga pessoal (2 travesseiros, 3 malas de mão, bolsa de colo e documentos). Mas desembarcamos.
O aeroporto de Cingapura em termos de passageiros não é tão grande quanto o de Guarulhos. Enquanto Bagulhos transporta por ano 25 milhões de passageiros, o daqui transporta 32 milhões (22.o no ranking dos aeroportoms mais movimentados do planeta). Somente para comparar, o de Frankfurt (9.o) é quase o dobro do de Cingapura. Atlanta (USA), o mais movimentado de todos, possui quase 90 milhões.
Mas o que realmente chama atenção é a infra-estrutura. Enquanto o de Bagulhos possui cerca de 50 portas de embarque e desembarque, o daqui, tem mais de 200 - nem sei ao certo a quantidade.
Ele é considerado o melhor aeroporto do mundo. Aliás, dos 10 melhores, 7 estão na Asia Pácifico e 3 na Europa.
Isso aqui é um monstro e você não se sente apertado, perdendo tempo nas enormes filas, tem lugar para todo mundo sentar e esperar. Sem falar na praça de serviços e lojas que mais parecem o shopping de luxo.
Então seguimos a pé pelos intermináveis corredores.
Para quem ainda não viajou, a dica é sempre seguir a seta "ARRIVAL".
Esse cara, o tal do Arrival, nunca falha. É só seguir para onde ele manda, que sempre a gente consegue chegar onde se deve ir.
Mas esse cara deve ser muito conhecido, e internacionalmente, pois tem esse nome em qualquer aeroporto no mundo.
Ás vezes, para encurtar o caminho, e fazer com que a gente ande menos, eles instalam algumas esteiras rolantes. Ajuda. Entretanto, isso não é uma exclusividade dos gringos. O aeroporto internacional do Rio (Tom Jobim), também tem isso já há algum tempo.
E como havia falado: Siga sempre o Arrival.
Até o momento em que você chega a uma das partes mais importantes da viagem: A área de imigração.
Aqui no aeroporto de Changi, os agentes da imigração são aqueles dos balcões lá no fundo (foto abaixo).
Primeiramente, preenche-se uma ficha que, ou é entregue dentro da aeronave, ou você apanha em balcões localizados antes dos agentes.
Nem tente ir para a fila sem o formulário preenchido (depois eu postarei um outr Post, mostrando como preencher o formulário - o daqui). Vai escutar o que não quer e vai fazer você passar vergonha na frente de outros.
Geralmente os formulários ao redor do mundo são muito parecidos. Com algum ou outro campo distinto para preencher. O problema é que ele é todo em inglês, daí vem a dificuldade de muita gente.
Assim que tiver o formulário preenchido, um para cada passageiro, com o passaporte em mãos, é só entregar ao agente.
Ele carimba o seu passaporte, carimba uma via destacável do formulário, te entrega de volta, e, se ele não mais ficar te fazendo perguntas ou te segurando na fila, você esta aprovado a entrar no país. É só pegar esses dois documentos de volta, guardar ambos (Guarde o canhoto, pois vc irá precisar dele na saída) e seguir para apanhar as bagagens.
Finalmente, já em Cingapura, com todos são e salvos, podíamos dizer: Final da viagem. Chegamos em casa.
Ledo engano: Ainda tínhamos que apanhar as bagagens.
Para apanhar as babagens, é só acompanhar pelo número do seu voo, em qual esteira eles vão depositar suas bagagens.
No nosso caso, para resumir, apanhamos todas as malas, menos o carrinho.
Simplesmente eses conseguiram perder o nosso carrinho.
Agora eu tenho que abrir uma reclamação, esperar pela anãlise, e ver se fico no rejuizo ou se há meios de brigar pelos direitos.
Portanto, já vai uma dica importante. Lufthansa Never More !!!
Sorte e Boas vindas Cingapurianas para a gente.
Porque essa música: A letra é sugestiva e acho que a melodia vem bem a calhar com o momento que estamos passando.