Por que "A Família do Futuro"?

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Singapore
O nome do Blog surgiu de uma brincadeira, pois é muito curioso pensar que estaremos fisicamente onze horas à frente de nossa terra natal. Em Singapore, teoricamente, tudo ocorre primeiro que no Brasil. Aqui tentaremos ser cronistas de nós mesmos, interpretando o mundo à nossa volta em palavras simples e diretas. Mostraremos as aventuras de Marco, Ro, Carol, Bernardo, Beatriz e Eduardo em terras distantes. Rev3: Durante o tempo de existência desse blog, esta introdução foi alterada 2 vezes por incremento de novos integrantes.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Home Sweet Home

Como diz a tradição chinesa, antes do ano novo, jogue todas as coisas velhas fora e faça mudanças, para começar o ano com coisas renovadas. Então, seguindo a tradição, também faremos mudanças.
A partir da semana que vem estaremos de casa nova (apartamento).
Conseguimos escolher um apartamento bem legal e confortável, numa zona residencial, próximo à praia e bem mais perto do trabalho de onde estamos agora.
Dentro do condomínio, são 3 torres, há um corredor que atravessa um jardim bonito e dá acesso à piscina. Esse corredor foi apelidado de "Estrada do vento".

Curtiremos a casa depois que voltarmos da Austrália. Aqui será o nosso lar pelo próximos 2 anos (no mínimo).
Foto da janela da sala que tem visão para a área de lazer do condomínio.

 Foto panorâmica tirada da sacada da sala - com vista para o condomínio vizinho.

Música: Tribalistas - Passe em Casa
Por que essa música: O conjunto, embora temporário, é excelente e adoramos o Arnaldo Antunes. A música nos remete ao tempo que ainda namorávamos e escutávamos o CD no carro quase todos os dias. Até cheguei a aprender a tocar essa música no violão.
A letra é bem sugestiva: "Passa em casa, To te esperando, to te esperando" "Estou esperando visita" - reflete a nossa vontade de receber as pessoas que gostamos em nossa casa - Estamos esperando vocês.

Um Feliz Ano Novo - De Novo

Antes de começar a detalhar o ano novo chinês, tenho que ser justo e agradecer a duas pessoas: Walter e Meu Pai (Marco Antonio).
Ambos responderam à minha solicitação no Post do Metrô (MRT), pois não sabia o significado da palavra "Durian".
Durian: É um fruta que lembra a nossa Jaca, e que aqui tem um fedor inconfundível - vai ver que é por isso que proibiram o consumo no metrô. Muitos odeiam e outros muitos amam. Eu ainda não provei, vamos ver se teremos coragem.


CNY ou Chine New Year ou Ano Novo Chinês
O Ano Novo Chinês - Como o país tem grande influência da China, nada mais justo de eles celebrarem essa data especial. Por sorte, estamos participando e aprendendo um pouco disso tudo.
Do pouco que compreendi até agora - espero não estar falando nenhuma bobagem - eles não comemoram o ano como a gente.
Aqui o ano novo não é controlado por números. Exemplo 2010, 2011, etc.
Eles chamam o ano pelo nome dos animais. São 12 animais no total, e segunda a tradição deles, são os que atenderam a Buda num momento específico da religião.
Os animais são: rato, búfalo, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cachorro e javali.
Portanto, aqui estamos saindo do ano do Búfalo para entrar no ano do Coelho.

Outra coisa interessante é que eles não celebram o ano no dia 31 de Dezembro. Aqui eles obedecem o ciclo lunar. Além disso, tem referência com a primavera. Então, no final das contas, fica muito parecido com o nosso Carnaval - nunca cai no mesmo dia.
Para celebrar esse acontecimento, possuem uma série de costumes e tradições. Uma delas é usar o vermelho em abundância. Uma outra é jogar tudo que não serve fora, e comprar coisas novas. Roupas novas, carro novo, mobília, etc.


Isso acarreta em algumas consequências, por exemplo, com a alta do consumo os preços inflacionam um pouco.
Nós precisamos comprar alguns móveis, como cama e colchão, e quase ficamos na mão, pois além das fábricas fecharem (feriado), somente prometem entregas para depois do dia 16 de Fevereiro - aqui também o ano somente começa depois do Carnaval.

A empresa me recomendou que não comprasse carro agora, pois os preços aumentam um pouco. O melhor momento seria mesmo para Março.
Uma outra coisa que me chamou a atenção foi o uso de mexericas para todo o lado. Imaginem uma árvore de Natal daquelas que utilizamos para ornar nossas casas. Pois é, eles selecionam pequenas mudas carregadas de mexericas (aqui se chama mandarim) e enfeitam toda a cidade.
Hoje cheguei no escritório e havia na minha mesa 8 mexericas e vários envelopes vermelhos.


A mexerica é para dar sorte e os envelopes para colocar dinheiro e distribuir para quem quiser.
Infelizmente, não estaremos por aqui para ver e celebrar, pois estarei em minha primeira viagem de negócios na Austrália, aproveitaremos e seguiremos para lá juntos.

O próximo Post será para falar de Melbourne - Austrália.

Música: U2 - New Year´s Day
Por que essa música: O U2 é uma banda que nos acompanhou, desde criança. Faz parte da trilha sonora de nossas vidas e tem cadeira cativa da nossa discografia básica. Além disso, a Ro adora e estamos com bastante inveja daqueles que irão ao show no Brasil, pois desta vez estaremos bem longe.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Redondezas de Summerset e Orchard Road

O apartamento que estamos vivendo é provisório. Em breve teremos uma residência definitiva. Ocorre que neste momento, a empresa e o locatário estão acertando as bases do contrato. Creio que até a semana que vem teremos novidades.
Estamos num tipo de flat. São dois dormitórios, cozinha, sala, área de serviço com lavadora de roupa e secadora, etc.
Três vezes por semana tem uma faxineira que organiza a casa, troca as toalhas, roupa de cama e apetrechos de banheiro (papel, sabonete). é como se fosse um serviço de hotel.
O prédio é relativamente alto - possui 20 andares, considerado baixo quando se compara com os demais vizinhos.
Na parte de baixo encontra-se uma sala de ginástica, sauna e o conjunto de piscinas de adulto e infantil.




A área daqui é muito boa. O bairro é como se fosse o Jardins de SP. Bastante valorizada e com os principais Shopping da cidade. Também é bastante frequentada por turistas. Mas é um bairro um pouco distante da praia, pois fica bem na área central da ilha.
Ela é muito bem servida de transporte público, incluindo o MRT.




Uma coisa curiosa é o fato de a ilha estar na zona tropical. Portanto, nada mais natural de se ter aqui florestas tropicais. Mesmo com o desenvolvimento, percebe-se a preocupação daqui com a questão do verde. então é comum você ter, além das ruas bastante arborizadas, pequenos oásis de uma mata densa e verde.



Entretanto, outra coisa curiosa: Aqui não tem insetos. Não se vê borboletas, nem formigas, nem outro inseto qualquer. Antes que alguém venha com gracinha para cima de mim, dizendo: "É que eles colocam tudo no espeto, para comer assado...", o que realmente ocorre é que eles - o governo e os condomínios - 3 vezes por semana fazem uma dedetização geral. Dizem que é para controlar e matar o mosquito da dengue. Nisso eles conseguiram ser muito eficientes, pois praticamente sumiram com os mosquitos daqui. Mas no embalo os outros acabam morrendo também.
Até passarinho é raro de se ver. Isso faz o verde ficar um pouco artificial.
Que tal importar pombos do Brasil???? Olha uma oportunidade de negócio.

Como aqui é uma área turística, acaba ficando parecido com a 25 de março. Veja a diferença das fotos (umas tiradas na hora do almoço e outras bem de manhãzinha:





Uma coisa interessante é o contraste que se tem entre o moderno (arranhas-céus e shoppings), com algumas casas antigas. Uma convive lado a lado com a outra. você sai de uma avenida movimentada, dobra a esquina e dá de cara com casinhas mais velhas, porém bem conservadas.





A cidade esta toda enfeitada para o Ano Novo Chinês, que ocorrerá no começo de Fevereiro. O ano do tigre esta acabando e iniciará o Ano do Coelho. Isto será tema para outro Post (Chinese New Year).

Vamos ver se Coelho realmente dá sorte.

O Metrô de S´pore

Conforme mencionei no último Post, agora falaremos um pouco do metrô daqui. Também conhecido como SMRT ou simplesmente MRT - Singapore Mass Rapid Transport ou Transporte Rápido de Massa de Cingapura.
Enquanto eu não adquiro um carro por aqui, tenho que utilizar esse meio de transporte todos os dias.
O MRT é um conjunto de linhas - são 4 no total - que praticamente cruzam todo o país. Não esquecer que Cingapura, como país, possui um tamanho da metade da cidade de São Paulo. Eu disse cidade, não estado de São Paulo.
Enquanto o nosso metrô possui 83 estações e quase 90 km de linhas, o sistema daqui possui 70 estações, e cobre quase 133 km. [Para melhorar os números de SP, contabilizei as 20 estações do metrô que ainda estão somente no projeto de expansão, ou seja ainda não existem. Na realidade a comparação seria ainda mais desvantajosa.].
Portanto, aqui temos uma estação para cada 9 km2 de cidade. Em SP essa relação é o dobro - 1:18km2.
Quer dizer que, embora aqui seja menor, o transporte daqui oferece uma melhor cobertura à população. Se eu for considerar a proporção de população atendida, aqui tamb~em será bem melhor o indicador. Não é a toa que o Metrô vive lotado e é evidentemente defasado em relação ao que realmente se necessita de infra-estrurura. Mas até aí não falei nenhuma novidade.
Ah, eles estão em plena expansão em uma das linhas. Tem obra em boa parte da cidade.
Sem falar também que aqui existe um outro tipo de transporte, o LRT, que é uma versão light do MRT. São pequenos trens, como bondes, mas também andam em linhas aéreas e atendem uma área mais descentralizada. Se considerarmos isso na conta acima, aí vira covardia. E ainda tem os ônibus.... Melhor parar de comparar.
O mapa do MRT é assim:

As estações são modernas e funcionais. Muito bem sinalizadas e iluminadas. Todos os avisos encontram-se em 3 línguas (inglês, malaio e chinês) - eu prefiro utilizar a primeira.
O pagamento da tarifa é relativamente parecido com SP. Você carrega créditos num cartão, e vai utilizando os mesmos. A catraca libera sua passagem quando você encosta o cartão num sensor. A diferença é que você tem que encostar novamente o cartão na saída da estação de seu destino. Dessa forma somente é descontado o valor da distância percorrida. Se você andou duas estações, vai pagar bem menos do que se você andar de ponta a ponta. Isso soa mais sensato e democrático.
Aqui crianças acima de 0,9m tem que pagar. Isso já nos forçou a adquirir um cartão para mim, para a Ro e para a Carol.


As estações são bem limpas. E eles prezam muito pela limpeza, ao ponto de ser proibido alimentar bebês dentro da estação; ou de beber água, mesmo para idosos. Caso você queira quebrar essa regra, é obrigatório obter o consentimento de algum agente da estação. Do contrário:

A multa é pesada. E todo mundo tem medo de mijar fora do pinico. Exagero ou não, talvez até haja abuso. Mas funciona. E bem...
Nota: Um prêmio para quem me ajudar a traduzir "No Durians" na placa acima. Pai / Nenê ou para quem se habilitar, usem o campo "comentários do Post".



As estações possuem uma porta na plataforma, que separa a plataforma do vão dos trilhos do trem. Ela somente é aberta quando a composição se posiciona. Aqui alguns dizem que o pessoal costuma saltar na frente dos trens para cometer suicídio. Talvez seja por isso que colocaram essa barreira de segurança. Mas isso será tema de outro Post futuro.



Algumas estações parecem shopping center:

As composições possuem ar-condicionado e são modernas. Mas na hora do pico (rush), eu já passei bastante aperto.


Um fato curioso é que aqui o uso de celular é gigante. Quando você fica observando os hábitos da população, a maioria ou esta mexendo no celular, ou escutando música (com fones nos ouvidos).
Ao menos isso não dá multa - eu ainda não vi nenhum aviso - e espero que não veja.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cingapura: primeiros passos - manual de sobrevivência

Here we are.
O tempo passa, o tempo voa, e a ..... - como diria o velho dingle de propaganda de televisão, já vamos para a nossa segunda semana aqui em Cingapura.
A primeira semana foi muito cansativa: Desarruma as malas, organiza as malas, lavar as roupas sujas acumuladas, adaptar-se ao fuso horário, se localizar geograficamente, etc. Muita mudança num espaço muito curto de tempo.

Foi uma semana de grande observação. A gente fica observando as pessoas ao redor, para verificar se estamos nos comportando adequadamente - afinal, os visitantes somos nós. Nós que somos "os diferentes".

Esta coisa de análise comportamental e cultural dá uma bela tese de mestrado de sociologia. Mas a intenção não é deixar a coisa mais complexa do que já é.

Sermos "Os diferentes" soa engraçado, Acho que teremos muitas histórias cômicas para contar pro resto da vida.

O fato de se observar a situação nos livra de muitos apuros. Na dúvida, quando a gente não consegue perguntar por causa da língua, ou tem vergonha, antes de fazer, observa-se, analisa-se e depois, caso verificado os possíveis riscos, copiamos. Essa é uma lição antiga, que podemos provar que dá certo.
Isso você faz ao atravessar a rua, para entrar no metrô, para pagar o ônibus, para entrar no prédio onde trabalho, para pedir um táxi, para tudo aquilo que fazemos de olhos fechados no Brasil, aqui reaprendemos.

Quando chegamos em Cingapura fomos direto a um hotel. No terceiro dia fui informado que iríamos mudar a um apartamento provisório, como um Flat, com relativo conforto - 2 quartos, sala, cozinha, serviço de faxina, troca de toalhas, piscina, salão de ginástica, etc.
Como aqui tem cozinha, Rosangela decidiu colocar seus dotes culinários em prática, afinal nós também precisamos comer.
Primeira tarefa: Ir a um supermercado.
O que no Brasil eu já fazia com o " pé nas costas", aqui, uma tarefa que demoraria uns 15 minutos para um compra rápida, foi dispendia aproximadamente 1 hora.
Primeiro: desconhecemos a localização dos produtos. Embora muito organizado, quem falou que eu consigo compreender todas as palavras em inglês. Uma coisa é você utilizar um inglês técnico, que habitualmente utiliza no trabalho (faz parte da rotina). Uma outra coisa distinta é o de utilizar um inglês na rua, conversando com as pessoas. Confesso que me frustro um pouco.
Segundo: Quando eu decido perguntar, geralmente os atendentes são descendentes de chineses ou de indianos. Ambos com sotaques terríveis de se compreender.
Terceiro: As embalagens são muito diferentes das que encontramos no Brasil. Outro dia fui atrás de sal. Dei uma de machão e falei, vou achar essa droga na marra, sem perguntar. Andei corredor por corredor, olhando todas as prateleiras. Fui e voltei e não encontrei. Disse para mim mesmo: Pronto, não se vende sal em supermercado. Mas antes de sair, decidi perguntar para um atendente. Ele me indicou o caminho e mostrou. "temos todas essas opções". E não é que era sal mesmo? O fato é que enquanto no Brasil estamos acostumados a comprar sal embalados em plástico transparente, aqui ele é vendido em caixas de papelão, muito parecidos com aquelas caixas de tintura de cabelo.

E para você conseguir um carrinho de compra. Fiquei minutos esperando alguém apanhar o carrinho. Aqui os carrinhos ficam todas presos, com uma espécie de cadeado. Depois de um tempo observando, vi que para liberá-lo, você tem que colocar uma moeda, num lugar específico do cadeado para ele se soltar. Você somente pega a moeda de volta, se devolver o carrinho do lugar que você pegou.

Depois de fazer a compra, entreguei as mercadorias para a Rosângela, e fomos ligar o fogão ..... como se liga esse troço? Mexe aqui, vira ali, aperta na frente, verifica atrás e nada de fogo. Não tive dúvida, já sem paciência e bufando, liguei para o zelador do prédio, e num tom de reclamação falei e ela para vir nos ajudar. Depois de alguns minutos ele apareceu, abriu um pequeno compartimento próximo ao fogão, e ligou a válvula do gás. Deu aquela famosa risadinha de quem diz "Seus gringos burros, me faz vir aqui à toa?".

O mesmo se deu para entender como se aquecia água do chuveiro, como se lava a roupa e liga a máquina de lavar, etc.

No prõximo Post falaremos um pouco do Metrô daqui e do transporte público como um todo. Também colcoarei algumas fotos de onde a gente esta morando provisoriamente.

Música: Cássia Eller - O Segundo Sol
Por que essa música: Porque eu escuto essa música quase todo o dia, no meu Ipod, na hora de ir trabalhar. De onde moro agora, até o trabalho gasto quase 1 hora entre caminhadas e transporte público. Portanto, nada melhor do que ficar observando o mundo, ao meu redor, com as músicas que gosto.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A esperada chegada à Terra Prometida - S´pore

Depois de quase 12 infinitas horas de voo, a aeronave pousou tranquila no aeroporto de Cingapura.
Essa perna da viagem foi mais cansativa do que a ida à Alemanha. Ora porque as crianças não dormiam, ora por que a gente mesmo não conseguia pregar no sono, ou ora porque a Ro e a Carol passavam mal.

O voo foi realizado pela Lufthansa. O que posso dizer é que essa companhia é uma porcaria. Parece com uma Varig, um pouco melhorada e melhor gerida, mas com vários problemas internos.
Para começar as aeronaves. Por mais que seja uma empresa global, a amostragem que colhemos foi que tem uma frota muita velha = talvez do final da década de 80, começo da 90.
Os aviãos são apertados como todos os outros, porém os aviões mais modernos possuem um sistema de entretenimento individual. Cada passageiro tem seu próprio monitor de LCD e seu controle remoto. Daí você pode interagir da forma que quiser. Assistir a um filme, um seriado, tem até jogos simples de videogame.
Já na Lufthansa não. A cada cerca de 6 fileiras de poltronas, tem uma baita de umat televisão em cima do corredor de passagem, onde todo mundo tem que assistir a mesma coisa. A posição da tela não ajuda muito para quem esta perto dela, ficando como num cinema ao se sentar na fila do gargarejo. E sem dizer que é uma televisão de tubo (não é tela plana). Imagem e definição aquém ao que já temos disponível no mercado.
Portanto, não nos iludamos. É um Boeing 747-400, mas é como ter um grande Galax Landau para sair para viajar.
E as aeromoças? Cada loirona. Talvez se eu tivesse pelo menos mais uns 20 anos, daria para ficar no pau a pau. Em vez de chamar de aeromoça, a gente pode chamar de Tia. acho que fica mais formal. Ou seriam, como já dizem alguns, aerovelhas. O bom é que se vocë encher a cara de vinho e de outras bebidas alcóolicas que eleas servem à bordo, você vai achar que tá no meio da Show da Xuxa, com um monte de paquitas. Mas deixa para lá .... que a Ro não leia este parágrafo.

Também tivemos problemas no check-in.
A disposição das poltronas de cada fileira do 747 é: 3 corredor 4 corredor 3 - ou seja 7 por fileira.
Quando vi os bilhetes a Carol estava na janela, a Ro no meio e colocaram uma outra pessoa no corredor. Eu fiquei exatamente atrás da Ro, na fileira seguinte. O beco, como criança de colo, teria que viajar no colo - obviamente. Entretanto, para algumas poltronas, desde que reservado, eles instalam um pequeno berço na frente da mãe.
Essa foi a cama do Beco nos 2 voos que pegamos.
A cama é posicionada na parede da frente da poltrona, bem na frente dos passageiros.

Para nossa sorte, o rapaz viu que não ia ser fácil para ele aguentar duas crianças no colo dele também, e aceitou trocar comigo. Sorte dele também....

A comida muito ruim. Eu que me considero um glutão (quem me conhece sabe do meu poder devorativo) nem toquei nas duas refeições servidas. Talvez muito influenciado pelo mal estar que se instalou na Ro e na Carol.
Tudo começou na refeição da noite. Ambas comeram e horas depois, começaram a vomitar. A sorte é havia várias sacolas de material publicitário nas poltronas, que serviram de depósito de comida fresca e mal digerida.
O problema é que depois do vômito, vem o mal estar e dor de cabeça - talvez causada pela pressão atmosférica. O fato é que foram as 12 horas mais longas que já viajei.

Chegando no aeroporto, outra surpresa: Cadê o carrinho de bebê do Bernardo?
Explico: Alguns tipos de carrinhos de bebês são permitidos que se adentre na zona de embarque. Somente ao chegar na porta do avião você retira o bebê e entrega a um agente de embarque. Muito cômodo. E quando você deixa a aeronave, eles te devolvem o carrinho ainda na porta do avião.
O problema é que fiquei esperando um tempo, até que decidir perguntar ao agente pelo carrinho. Educadamente me falou que não havia mais nenhum carrinho, e que eu deveria retirá-lo diretamente na esteira de bagagens, juntamente com as nossas coisas.
Aí já começa um desconforto.
Imagine o drama: Ro com dores no corpo pelo mal estar, tendo que carregar o bebê. Eu com a Carol e um carrinho de mão com toda a buginganga pessoal (2 travesseiros, 3 malas de mão, bolsa de colo e documentos). Mas desembarcamos.

O aeroporto de Cingapura em termos de passageiros não é tão grande quanto o de Guarulhos. Enquanto Bagulhos transporta por ano 25 milhões de passageiros, o daqui transporta 32 milhões (22.o no ranking dos aeroportoms mais movimentados do planeta). Somente para comparar, o de Frankfurt (9.o) é quase o dobro do de Cingapura. Atlanta (USA), o mais movimentado de todos, possui quase 90 milhões.
Mas o que realmente chama atenção é a infra-estrutura. Enquanto o de Bagulhos possui cerca de 50 portas de embarque e desembarque, o daqui, tem mais de 200 - nem sei ao certo a quantidade.
Ele é considerado o melhor aeroporto do mundo. Aliás, dos 10 melhores, 7 estão na Asia Pácifico e 3 na Europa.
Isso aqui é um monstro e você não se sente apertado, perdendo tempo nas enormes filas, tem lugar para todo mundo sentar e esperar. Sem falar na praça de serviços e lojas que mais parecem o shopping de luxo.

Então seguimos a pé pelos intermináveis corredores.
 Para quem ainda não viajou, a dica é sempre seguir a seta "ARRIVAL".

Esse cara, o tal do Arrival, nunca falha. É só seguir para onde ele manda, que sempre a gente consegue chegar onde se deve ir.
Mas esse cara deve ser muito conhecido, e internacionalmente, pois tem esse nome em qualquer aeroporto no mundo.

Ás vezes, para encurtar o caminho, e fazer com que a gente ande menos, eles instalam algumas esteiras rolantes. Ajuda. Entretanto, isso não é uma exclusividade dos gringos. O aeroporto internacional do Rio (Tom Jobim), também tem isso já há algum tempo.


E como havia falado: Siga sempre o Arrival.



Até o momento em que você chega a uma das partes mais importantes da viagem: A área de imigração.
Aqui no aeroporto de Changi, os agentes da imigração são aqueles dos balcões lá no fundo (foto abaixo).
Primeiramente, preenche-se uma ficha que, ou é entregue dentro da aeronave, ou você apanha em balcões localizados antes dos agentes.
Nem tente ir para a fila sem o formulário preenchido (depois eu postarei um outr Post, mostrando como preencher o formulário - o daqui). Vai escutar o que não quer e vai fazer você passar vergonha na frente de outros.
Geralmente os formulários ao redor do mundo são muito parecidos. Com algum ou outro campo distinto para preencher. O problema é que ele é todo em inglês, daí vem a dificuldade de muita gente.
Assim que tiver o formulário preenchido, um para cada passageiro, com o passaporte em mãos, é só entregar ao agente.
Ele carimba o seu passaporte, carimba uma via destacável do formulário, te entrega de volta, e, se ele não mais ficar te fazendo perguntas ou te segurando na fila, você esta aprovado a entrar no país. É só pegar esses dois documentos de volta, guardar ambos (Guarde o canhoto, pois vc irá precisar dele na saída) e seguir para apanhar as bagagens.


Finalmente, já em Cingapura, com todos são e salvos, podíamos dizer: Final da viagem. Chegamos em casa.
Ledo engano: Ainda tínhamos que apanhar as bagagens.

Para apanhar as babagens, é só acompanhar pelo número do seu voo, em qual esteira eles vão depositar suas bagagens.
No nosso caso, para resumir, apanhamos todas as malas, menos o carrinho.
Simplesmente eses conseguiram perder o nosso carrinho.
Agora eu tenho que abrir uma reclamação, esperar pela anãlise, e ver se fico no rejuizo ou se há meios de brigar pelos direitos.
Portanto, já vai uma dica importante. Lufthansa Never More !!!
Sorte e Boas vindas Cingapurianas para a gente.

Porque essa música: A letra é sugestiva e acho que a melodia vem bem a calhar com o momento que estamos passando.

Um pequeno parênteses sobre a alemanha - Um post atrasado

Antes de seguirmos com as últimas notícias de S´pore, para não passar em branco, adicionamos umas fotos da Alemanha.

O tempo não ajudava. Além do frio do forte inverno, a chuva nos manteve dentro do hotel. Aí ti vemos que improvisar, pois imagine o que é ficar com duas crianças acordadas, dentro de um quarto apertado de hotel:
    

Ao menos eles tiveram algo para se entreterem.


 E a família unida .....

No dia da nossa partida, o voo saiu bem no final da noite. Quando acordamos o tempo estava firme e saímos para aproveitar os poucos minutos que tínhamos.
Pegamos uma map no lobby do hotel, marquei os pontos mais interessantes na proximidade e fomos dar uma de turista.


                                                  Acima: o símbolo da moeda "Euro"


Como havia falado anteriormente, Frankfurt é o centro financeiro da Alemanha. De longe, não é um lugar turístico. Você poucas vezes escutará a frase "sairei de férias e fechei um pacote de uma semana para ficar em Frankfurt".
Definitivamente, não é melhor lugar a se conhecer.
Entretanto,quem não tem cão, caça com gato. E se estávamos por lá, porque não aproveitar um pouco.

Frankfurt é uma cidade muto moderna. Arranhas céus mesclados com prédios baixos e históricos.
A grande maoiria dos edifícios são as bases regionais dos grandes bancos europeus e mundiais. Depois que a Alemanha sucumbiu na grande guerra, os Estados Unidos praticamente dominaram a região e influenciaram que Frankfurt tivesse essa " vocação". Por pouco ela não se tornou a capital da nova Alemanha pós II guerra mundial. Por força política, na ocasião, escolheram Bonn.


Como tantos outros lugares da Europa, possui uma concepção de cidade ecológica. Percebe-se como se preocupam com o bem-estar e a coleta seletiva de lixo. Isso demonstra a maturidade e seriedade do povo e, até certo ponto, a maneira como eles são educados (letrados). Tudo para justificar que o Brasil ainda tem muito chão a percorrer. Afinal, Frankfurt é uma cidade nova, "só" tem uns 1.400 anos.

A cidade é literalmente cortada por um importante rio - o Main (Meno, em português). Quase que inteiramente navegável, ajudando no transporte e logística da região, pois consegue interligar essas cidades, a outro importante rio, o Reno. O legal é que ele não poluído - consegue-se pescar, por exemplo. E ele praticamente serve como uma parque para a cidade, pois ao seu longo, encontramos bares, bancos, ciclovias, pista de cooper, playgrounds para as crianças, e muitas outras coisas. Nesse dia específico, ele estava vazio, pois obviamente com um frio daqueles e um vento gelado na zoreia, quem com boa sanidade, iria ficar passeando ali, afora os brasileiros.

 Aqui o frio não estava colaborando muito - muitro vento.


 Ainda na cidade, bem próximo ao centro, é possível visitar Campos do Jordão e Blumenau.


e para a gente que é brasileiro, e não esta a costumado com essa coisa de "casa velha", de repente, quando você vira a esquina, no quarteirão de trás, a cidade se renova e volta-se aos tempos modernos.