Há mais ou menos oito anos
atrás ocorreu um encontro inesperado em uma dessas festas promovidas para
integrar pessoas na empresa.
Festa típica e usual: churrasco, bebidas, diversos grupinhos de pessoas espalhados pelo salão, pentelhos bebados contando piadas antigas, gente bajulando o chefe e, como qualquer outra festa trivial de empresa, havia um Karaokê.
Lá pela tantas horas da noite, uma moça bonita, séria e sorridente, não resistiu aos encantos de um rapaz esbelto e moreno que estava cantando alguma música pop dos anos 80.
A mesma moça, para piorar, gostava de cantar Marina Lima, Blitz, Cássia Eller e Marisa Monte.
Observadores puderam notar que ela era muito ardilosa: sabendo que o moreno gostava de música e de cantar, aproveitara a situação para se aproximar e puxar assunto. Estrategicamente levava consigo um segundo microfone o qual utilizava como pretexto para dividir e compartilhar os bons momentos musicais.
Música vai, música vem, descobriram que tinham muitas coisas com comum.
E assim outras festas de confraternização se sucederam, e ela sempre tentando uma maior aproximação.
Já era evidente a real intenção da moça.
Entretanto, o moreno era uma pessoa muito séria e realmente dedicado ao trabalho. Ainda não havia notado as "diretas" e as abordagens que a moça fazia. Ou ele era cego ou compactuava com aquela velha frase: "onde se ganha o pão, não se come a carne...".
Entretanto, "água mole em pedra dura..." de tanto ela insistir o pobre rapaz aceitou um convite para um happy hour. Depois mais um, mais outro, quando se deu conta da situação, era tarde demais. Já estava fisgado e comprometido até o pescoço.
Como a vida imita a arte (ou vice-versa), tal qual a canção Eduardo e Mônica, ela possui um trecho que é assim:
" E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser"
Eles realmente se encontravam todos os dias. E um dia após o outro, essa historia, como no inicio desse post, já se vão quase oito anos.
Uma historia muito bonita por sinal. Ninguém sabe o fim, tampouco o que se iria suceder. Mas como numa sinfonia que a orquestra e o coral vão tecendo um arranjo harmônico, num crescente até o ápice da ária, repito, a vida realmente imita a arte.
Nunca fizeram grandes planos, não traçaram ou planejaram o caminho que iriam seguir. A vida simplesmente a trilhou, afinal, quem um dia iria imaginar que um Mogiano / Suzanense, filho de um simples professor e uma dona de casa, iria se casar com uma Paulistana da Vila Nova Cachoeirinha, filha de um vendedor de maçã do amor e de uma dona de casa, poderiam ir tão longe?
Pois é. O moreno ganhou na loteria. Acho que a moça do karaokê também.
Ambos constituíram família, estão populando o mundo e moram do outro lado do planeta, pertinho de onde Judas perdeu as botas - é quase ali. E eles são muito felizes! E bota felicidade nisso. Tão felizes que fica até difícil descrever em poucas palavras.
Mas o moreno esse ano pisou na bola. Deixou a moça sozinha em casa e saiu para trabalhar (ou passear), e bem na semana que ela comemora o aniversário.
Este será o primeiro aniversário que não passam juntos. Sempre estão juntos espiritualmente, mas esta semana não estarão juntos fisicamente.
A moça vai ter que cortar o bolo sozinha. Que tristeza ...
Ainda bem que os filhos dão aquela força para apagar as velinhas, dessa forma a moça, que já virou um mulherão, não terá tempo de se sentir tão só.
Enquanto isso, o moreno que esta trabalhando do outro lado do planeta, escreve posts num blog aberto, para expressar o quanto sente em ficar longe dos amados, e lamenta em perder tamanho evento que ocorre somente uma vez ao ano.
Este ano a ex-moça e atual mulherão, completa 33 anos e a distancia não impede que o moreno fique projetando a imagem da amada e dos filhos cantando parabéns atrás de uma mesa, com bolo e brigadeiros.
Mas o moreno é muito vivo e batuto. Já ligou para a moça dizendo que comprou um presente bem legal esse ano: um karaokê novinho em folha. O problema é que dois microfones não serão mais suficientes para a quantidade de cantores na casa. Mas eles são espertos... eles cantam juntinhos e abraçados dividindo o mesmo microfone.
PS: Essa foi a minha versão dos fatos.
Musica: Sixpence None The Richer - Kiss Me
Ou o link:
http://www.youtube.com/watch?v=3YcNzHOBmk8
Por que essa musica:
E' uma das musicas favoritas da moça. Ela trás boas recordações de um tempo não tão distante.
Feliz aniversário!
Motia!!!
Festa típica e usual: churrasco, bebidas, diversos grupinhos de pessoas espalhados pelo salão, pentelhos bebados contando piadas antigas, gente bajulando o chefe e, como qualquer outra festa trivial de empresa, havia um Karaokê.
Lá pela tantas horas da noite, uma moça bonita, séria e sorridente, não resistiu aos encantos de um rapaz esbelto e moreno que estava cantando alguma música pop dos anos 80.
A mesma moça, para piorar, gostava de cantar Marina Lima, Blitz, Cássia Eller e Marisa Monte.
Observadores puderam notar que ela era muito ardilosa: sabendo que o moreno gostava de música e de cantar, aproveitara a situação para se aproximar e puxar assunto. Estrategicamente levava consigo um segundo microfone o qual utilizava como pretexto para dividir e compartilhar os bons momentos musicais.
Música vai, música vem, descobriram que tinham muitas coisas com comum.
E assim outras festas de confraternização se sucederam, e ela sempre tentando uma maior aproximação.
Já era evidente a real intenção da moça.
Entretanto, o moreno era uma pessoa muito séria e realmente dedicado ao trabalho. Ainda não havia notado as "diretas" e as abordagens que a moça fazia. Ou ele era cego ou compactuava com aquela velha frase: "onde se ganha o pão, não se come a carne...".
Entretanto, "água mole em pedra dura..." de tanto ela insistir o pobre rapaz aceitou um convite para um happy hour. Depois mais um, mais outro, quando se deu conta da situação, era tarde demais. Já estava fisgado e comprometido até o pescoço.
Como a vida imita a arte (ou vice-versa), tal qual a canção Eduardo e Mônica, ela possui um trecho que é assim:
" E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser"
Eles realmente se encontravam todos os dias. E um dia após o outro, essa historia, como no inicio desse post, já se vão quase oito anos.
Uma historia muito bonita por sinal. Ninguém sabe o fim, tampouco o que se iria suceder. Mas como numa sinfonia que a orquestra e o coral vão tecendo um arranjo harmônico, num crescente até o ápice da ária, repito, a vida realmente imita a arte.
Nunca fizeram grandes planos, não traçaram ou planejaram o caminho que iriam seguir. A vida simplesmente a trilhou, afinal, quem um dia iria imaginar que um Mogiano / Suzanense, filho de um simples professor e uma dona de casa, iria se casar com uma Paulistana da Vila Nova Cachoeirinha, filha de um vendedor de maçã do amor e de uma dona de casa, poderiam ir tão longe?
Pois é. O moreno ganhou na loteria. Acho que a moça do karaokê também.
Ambos constituíram família, estão populando o mundo e moram do outro lado do planeta, pertinho de onde Judas perdeu as botas - é quase ali. E eles são muito felizes! E bota felicidade nisso. Tão felizes que fica até difícil descrever em poucas palavras.
Mas o moreno esse ano pisou na bola. Deixou a moça sozinha em casa e saiu para trabalhar (ou passear), e bem na semana que ela comemora o aniversário.
Este será o primeiro aniversário que não passam juntos. Sempre estão juntos espiritualmente, mas esta semana não estarão juntos fisicamente.
A moça vai ter que cortar o bolo sozinha. Que tristeza ...
Ainda bem que os filhos dão aquela força para apagar as velinhas, dessa forma a moça, que já virou um mulherão, não terá tempo de se sentir tão só.
Enquanto isso, o moreno que esta trabalhando do outro lado do planeta, escreve posts num blog aberto, para expressar o quanto sente em ficar longe dos amados, e lamenta em perder tamanho evento que ocorre somente uma vez ao ano.
Este ano a ex-moça e atual mulherão, completa 33 anos e a distancia não impede que o moreno fique projetando a imagem da amada e dos filhos cantando parabéns atrás de uma mesa, com bolo e brigadeiros.
Mas o moreno é muito vivo e batuto. Já ligou para a moça dizendo que comprou um presente bem legal esse ano: um karaokê novinho em folha. O problema é que dois microfones não serão mais suficientes para a quantidade de cantores na casa. Mas eles são espertos... eles cantam juntinhos e abraçados dividindo o mesmo microfone.
PS: Essa foi a minha versão dos fatos.
Musica: Sixpence None The Richer - Kiss Me
Ou o link:
http://www.youtube.com/watch?v=3YcNzHOBmk8
Por que essa musica:
E' uma das musicas favoritas da moça. Ela trás boas recordações de um tempo não tão distante.
Feliz aniversário!
Motia!!!