Por que "A Família do Futuro"?

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O nome do Blog surgiu de uma brincadeira, pois é muito curioso pensar que estaremos fisicamente onze horas à frente de nossa terra natal. Em Singapore, teoricamente, tudo ocorre primeiro que no Brasil. Aqui tentaremos ser cronistas de nós mesmos, interpretando o mundo à nossa volta em palavras simples e diretas. Mostraremos as aventuras de Marco, Ro, Carol, Bernardo, Beatriz e Eduardo em terras distantes. Rev3: Durante o tempo de existência desse blog, esta introdução foi alterada 2 vezes por incremento de novos integrantes.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Flagra na estrada - desta vez o motorista não escapou.

No ultimo post da Índia eu relatei a história do motorista que subitamente parou o carro para dar uma cagadinha.
No caminho de volta, ele novamente parou o carro, mas dessa vez para fazer algo mais fácil de se administrar. hehehe.
Ele não saiu ileso dessa vez.
Olha o homi no flagra. O difícil foi tirar esta foto sem ele perceber.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Protests Erupt Across Brazil - bem atualizado

Today, Singapore Straits Time, Wenesday, the 19th of June of 2013.

Hoje, lendo o jornal de maior circulação de Singapura, tive a surpresa de me deparar com uma noticia sobre o Brasil:

Protests Erupt Across Brazil

High Cost, World Cup spending fuel huge rallies.


Eles fazem um resumo do que se passa do outro lado do planeta, entretanto, não menciona o fator corrupção e insatisfação com os governantes entre os motivos dos protestos.

Anos atrás alguém me falou que o Lula, enquanto presidente da república contratou uma empresa de Relações Publicas, para trabalhar a imagem dele junto a comunidade internacional. Pelo jeito funcionou bastante, pois quase ninguém desconfia do que esses tralhas fazem com o nosso país.
Aliás, quando conto o que ocorre no Brasil, eles ficam surpresos de que a população esclarecida odeia o Lula e a Dilma. Por que será?

Abaixo o notícia da íntegra: 

domingo, 16 de junho de 2013

Muita fé pro meu gosto.


A Tailândia é um dos países mais interessantes e bonito que já visitei. Aliás, para quem tiver um pouco mais de cacife e gosta de praia e balada, recomendo visitá -la.
Não vou aqui explicar lugares turísticos tailandeses, mas falarei de crença religiosa.
Na praia que visitamos em Krabi, há um local, no meio das pedras, de frente para o mar, com vários objetos estranhos: Falos. Ou em português bem claro: Caralhos de Madeira.

Honestamente não entendi muito bem os motivos por trás daquilo.
Pesquisando um pouco e perguntando para algumas pessoas, fiquei sabendo que o pênis é venerado como um símbolo de poder e de fertilidade.

Se seguirmos essa regra ao fé da letra, os Negros levam vantagem nesse dom de admiração. Injusto, não? Seriam eles os Deuses?
Eu e a Rosângela ficávamos conversando:
- Nossa! Aqui os tailandeses oram pra caralho, não?
- Por que será que eles gostam de rezar para cacete?
- Vai ver que eles têm uma fé da porra!

A Carolina perguntou o que era aquilo. A gente respondeu:
- Isso é uma coisa muito importante na vida de um casal. Mais para frente você vai entender.
Ai ela respondeu:
- Nosso Papai, como isso é gozado, não?
- É filha. Gozado e duro.
(essa ultima parte eu inventei).

A Rosangela parece um pouco tensa (ou nao???)


Música:
Titãs
Álbum: Tudo Ao Mesmo Tempo Agora
Música: Isso Para Mim É Perfume
Adoro esse álbum. Foi o ultimo da era Arnaldo. O ultimo que da para ouvir do inicio ao fim. Depois disso o Titãs se rendeu.

sábado, 15 de junho de 2013

A Fruta Proibida.


O nome do post parece àquelas manchetes do falecido “Noticias Populares” – para chamar a atenção do leitor desavisado.
Eu nunca ouvi falar dessa fruta. Fruta Cobra???
Geralmente, não sou de recusar o que me oferecem.
Recentemente tive uma surpresa super agradável. Conheci o Mangosteen. Uma delicia.


Mas infelizmente, dessa vez não gostei.
Primeiro a fruta é difícil de descascar. Possui a pele bem dura e seca. Chegar a quebrar quando se tenta retirar a pele.

Segundo, o colega que estava comigo disse-me:
“Somente coma o miolo externo. A parte do miolo interno não é legal”. Particularmente, eu não quis saber o real significado do “não é legal”.

E terceiro, o gosto é um tanto amargo e estranho. Parece um bife duro, meio adocicado, com um amargor no final.
Se acharem no Brasil, tentem e me falem.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Índia. Um país muito diversificado e complexo.


As viagens para a Índia permitem aprofundar, paulatinamente, na cultura indiana. Aprofundar é uma palavra um tanto presunçosa. Acho que nem os indianos compreendem a cultura daqui.
Para começar, a Índia é uma nação tão grande quanto o Brasil. O país é divido em estados e cada um desses estados possui uma língua própria.
Imagine a situação: uma pessoa indiana que mora no Norte do país, não consegue se comunicar com alguém que more no Sul do país.
São 28 estados e mais de 300 línguas diferentes – esse numero varia de pessoa para pessoa que me explica (hehehe) - sem falar nas dezenas de religiões que convivem pacificamente. E eles se orgulham muito disso.
A escolha da língua não é compulsória. Faz-se a opção na escola fundamental. Embora a língua oficial divulgada seja o hindi, ela não é tão difundida. O governo tenta fazer sua parte, mas os indianos são bem enraizados nos costumes e tradições, tornando uma mudança praticamente uma missão impossível.
É mentira que todo indiano fala inglês. É verdade que, no mundo dos negócios, todo indiano fala inglês.
O motivo disso é fácil de explicar: nas universidades a língua padrão, na sala de aula e nos livros, é o inglês. Alem disso, na época da dominação britânica, falar inglês era considerado como privilegio e possui forte conotação social.
Imaginem a seguinte operação matemática. No Brasil, apenas 10% da população freqüenta a faculdade (esse percentual é um chute meu, pois não faço a real idéia do valor real). Então, somente 10% da população falariam inglês. O mesmo se dá na Índia. Imaginemos que 10% da população freqüentaram ou freqüentam universidades, daí tira-se a quantidade de pessoas que dominam a língua.
A única diferença é que 10% de 1,5 Bilhões de pessoas é quase a população do Brasil inteirinha. Logo, torna-se muito fácil a comunicação em inglês nas cidades grandes, indústrias, grandes comércios e aeroportos.
Entretanto, quando se viaja para o interior, zonas afastadas das grandes cidades, já fica mais complicado.
Assim como no Brasil, não?
Outra estatística para demonstrar a forca desse país: todo o ano o numero de engenheiros que são concluem o curso, é maior que o total de números de engenheiros existentes no Brasil. Incrível, não?
Não é a toa que os engenheiros daqui servem de mão de obra para empresas na Austrália, Oriente Médio, Singapura, paises africanos e Estados Unidos. Principalmente na área de TI – tecnologia da informação. Área que os indianos são considerados como os bambambans.

Neste momento estou no norte da Índia, no estado de Punjab.
Punjab é um dos estados mais importantes e ricos da Índia. O nome significa lugar dos cinco rios, e faz do estado um lugar com bastante água e com terras generosas para a agricultura (frutas, arroz, grãos, algodão). Muitas indústrias têxteis e de maquinas.
Enquanto no Sul da Índia as pessoas possuem a tonalidade da pele mais escura - quase negra, marrom - aqui as pessoas são mais parecidas com caucasianos – pele branca, alguns com olhos claros.
O povo indiano é muito pacífico e manso, principalmente os do sul. Já no norte percebe-se uma característica mais agressiva e dinâmica.
Talvez haja uma explicação para isso. O clima pode ser um deles. O Sul seria como o nosso Nordeste – quente o ano inteiro. O Norte, de clima temperado, possui altas temperaturas no verão, e temperaturas negativas no inverno, com as quatro estações do ano bem definidas.
Talvez outro fator para explicar isso, historicamente o norte da Índia é a casa de uma raça chamada Sikhs.
Segunda eles contam aqui, muito tempo atrás (muito mesmo), a Índia era constantemente invadida por Muçulmanos, Chineses, Persas, Mongóis, Corinthianos, MST, etc.
Para tentar proteger as vastas fronteiras e territórios do Norte, o governo selecionou um grupo de fortes guerreiros a habitar a região.
Por serem caucasianos, fortes, mais altos e de melhor porte para o combate, que o tradicional indiano, consolidou-se uma nova “raça” e obtiveram o direito de possuir um distinto nível de status social e religioso.
Até hoje os Sikhs são diferenciados do restante dos Hindus. Seja na língua, na religião, nos negócios ou no nome.
Alias, Sikh significa aquele que aprende, que recebe instrução. Algumas fotos:

  
Os Sikhs possuem religião própria, um livro sagrado de mais de 3 mil anos, nunca cortam o cabelo e a barba, usam turbantes. Tradicionalmente carregam um pequeno sabre (do tamanho de uma faca) e utilizam uma pulseira no braço esquerdo de prata (como se fosse uma argola metálica).
Ontem fui jantar com um colega daqui, que é Sikh, junto com sua esposa. Acabei descobrindo outra curiosidade.
Antes de o nosso Eduardo ser “batizado” de Eduardo, eu e a Rosangela passamos dias debatendo sobre um nome – esse historia vocês já devem ter lido.
Na religião e cultura Sikh, assim que a criança é parida, os pais não podem escolher o nome. Funciona assim:
Durante a gravidez, por lei, não é permitido saber o sexo do bebê. Isto tem explicação cultural, pois na Índia há muitos casos de aborto. Há pais que quando sabem que a criança que esta sendo gerado é uma menina cometem o crime – pois a preferência é de um menino. Portanto, somente se sabe se você possui um filho ou uma filha no ato do nascimento.
Assim que a criança chega ao mundo os pais precisam aguardar, se não estou equivocado, 13 dias. Após esse período de espera levam-na a igreja e o padre abençoa o novo ser. Nessa cerimônia, com o livro sagrado Sikh, o padre o abre numa pagina aleatória (sorte). A primeira letra desta pagina será a primeira letra do nome da criança.
Portanto, antes da cerimônia, os pais precisam fazer uma lista de nomes com todas as letras do alfabeto. De A a Z.
Para quem achou engraçado ou ficou intrigado com a nossa demora, imaginem se eu fosse Sikh?

Abaixo algumas fotos de Barnala - Punjab
Mercado aberto, no meio da rua e da chuva:


Muito comum encontrar ambulantes vendendo comida (fast food).
Dá para ter uma noção da higiene. Para começar eles não sabem o que é lavar as mãos antes de comer. Muito menos para servir algum cliente na rua.
Estive num lugar que ao se pedir algo, um salgadinho, por exemplo, o rapaz apanhou a comida com a mão, entregou para o comprador, e depois pegou o dinheiro e o troco. Em seguida atendeu outro cliente. Outro salgado, outra pessoa, e assim a vida segue. Próximo da fila por favor...

 

Muita chuva por aqui. Muito alagamento e tudo para cima:



A questão de limpeza e asseio pessoal é realmente cultural. Isto reflete-se nas fachadas de prédios e centros comerciais deixam muito a desejar. Nem parece que você esta em frente a um dos maiores bancos da região, não? E isso eh muito comum por aqui, mesmo nas grandes cidades.
A limpeza e conservação das fachadas é muito mal conservada. Eles não se importam muito com esses detalhes.