Por que "A Família do Futuro"?

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Singapore
O nome do Blog surgiu de uma brincadeira, pois é muito curioso pensar que estaremos fisicamente onze horas à frente de nossa terra natal. Em Singapore, teoricamente, tudo ocorre primeiro que no Brasil. Aqui tentaremos ser cronistas de nós mesmos, interpretando o mundo à nossa volta em palavras simples e diretas. Mostraremos as aventuras de Marco, Ro, Carol, Bernardo, Beatriz e Eduardo em terras distantes. Rev3: Durante o tempo de existência desse blog, esta introdução foi alterada 2 vezes por incremento de novos integrantes.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Australia novamente

Bem amigos da Rede Globo...
Cá estou na Austrália de novo. Viagem curta, mas intensa. Por pouco não vejo a corrida ao vivo de F1.

Cheguei no domingo pela manha. Tinha que finalizar uma apresentação que seria feita na tarde de segunda-feira.
Estou hospedado no hotel Hilton de Melbourne. Muito bem localizado na parte central da cidade. Este lado eu ainda não conhecia e posso afirmar que é muito bonita e organizada. Segue algumas fotos tiradas da janela do quarto.







Em todas as viagens que faço, sempre tenho que apresentar algo ao pessoal do trabalho. São apresentações técnicas para fazê-los compreender melhor o que a empresa espera deles. Em média reúno cerca de 8 a 12 pessoas por reunião para fazer uma espécie de treinamento. Uma das minhas responsabilidades aqui na Asia é fazer uma espécie de transferência de conhecimento ao pessoal daqui. Entao sempre tenho em mãos uma palestra de 4 a 5 horas.
Porém, dessa vez foi diferente. Acontece que pela primeira vez iria enfrentar uma audiência de pessoas fora da SKF. O objetivo era falar, em nome da SKF da Austrália, num congresso especializado de manutenção e confiabilidade em Melbourne. E a audiência fora relativamente grande.
O assunto, modéstia a parte, eu domino bem. O problema é fazer uma apresentação concisa e direta em 45 minutos e toda em inglês.
A língua inglesa ainda continua sendo um problema muito sério para mim. Eu ainda estou longe da fluência. Consigo me fazer entender, mas ainda tenho dificuldade em lidar com situações simples do cotidiano. A falta de vocabulário realmente me incomoda e torna a coisa um tanto frustrante.
Hoje a noite ficou evidente uma gafe no lugar em que jantei. Sem companhia estava sozinho num restaurante japonês.
Depois de ter feito toda a refeição, como praxe, solicitei a conta. O problema é que utilizei a seguinte frase completamente equivocada para a garçonete: “Close to me” – literalmente eu quis dizer: “Fecha para mim” (a conta).
Graças ao Sting e The Police, no momento que falei essa frase, vi que a garçonete esbugalhou os olhos, e quase que imediatamente, lembrei-me de uma canção deles que fala: “Don’t stand so close to me”, ou seja, "Nao permaneca tão perto de mim". Para quem não entendeu, eu disse para a menina: “Perto de mim”.
Imaginem. Uma Japa na Austrália, pensando que eu fosse um ninfomaníaco, querendo dar uma fungada no pescoço dela !?!
No final, eu corrigi imediatamente para: “Close for me. The Bill”. A expressão continuou errada, mas no final ela compreendeu melhor.
Espero que eu não vá preso por assedio sexual.
Já a palestra foi muito boa. Achei que falei bem, e sem muitos tropeços. Mas ainda tenho muito a melhorar. Um dia chego lá.
Cenas do Exhibition Centre - Melbourne.
Este local impressiona pela arquitetura moderna e conforto.
Acima um dos corredores do centro e os banners do evento.
Abaixo a sala de almoco sendo preparada.

Abaixo vemos o povo entrando na sala para escutar o tupiniquim falando.
Na quarta-feira volto para casa. Já esta batendo saudades da Rô e das crianças.

Falando em saudade de casa, esta minha viagem para a Austrália me causou um inconveniente familiar. Pela primeira vez na minha historia com Rosangela, passo uma data comemorativa familiar longe dela.
Como viajei na madrugada do sábado para o domingo, acabei não comemorando o nosso aniversário de casamento que fora no dia 20.
Fiquei triste, mas tenho muito orgulho dessa data. Este ano completamos 7 anos maravilhosos de trapos ajuntados. E que venham outros 70.
Só para mencionar que o tempo passa muito depressa. Realmente não parece que já se passou tantos anos. São sete anos de muito amor e carinho compartilhado.
Parabéns para a gente e que continuemos unidos.

Música: Faz tempo que eu não posto uma musica no blog. The Verve - Lucky man. (click no link para acessar o Youtube)

Por que essa música: A tradução dela é “Homem de Sorte”.
Realmente, por tudo que ocorre na minha vida, me considero uma pessoa de sorte. Não posso reclamar da vida que tenho. Da família que tenho. Dos amigos que tenho. De todas as coisas que a vida esta possibilitando construir ao nosso redor.
Somente tenho que levantar a mão para o céu e agradecer por tudo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Uma semana de Rush na India

Mais uma semana puxada de trabalho.
Não que as reuniões ou atividades da empresa sejam pesadas. O maior problema são os deslocamentos de um lugar ao outro, e a diferença de fuso horário.
A semana começou no domingo à tarde. Saída de Singapura, com vôo direto para New Delhi. O vôo é tranquilo e confortável, com duração de cerca de 6h e meia - para quem já viajou 27 horas, isso é moleza.
New Delhi é capital da Índia. Também a maior cidade. Ela fica localizada no Norte do país e bem longe do litoral. Assim como o país, é super populosa. Não consultei, mas deve figurar entre as mais populosas do planeta.
Bem, a primeira impressão sempre é a imagem do aeroporto. E que aeroporto bonito. Interessante porque é o cartão de visita do país. O aeroporto deles não deixa a desejar para ninguém: grande, novo, confortável, com ampla área de serviços e muito bem organizado.
Realmente, na minha modesta opinião, ainda temos o pior aeroporto do mundo. Realmente tenho vergonha do aeroporto de bagulhos. Tinha esperança de encontrar coisa pior, mas ainda somos a referência. E olha que já conheci aeroportos como do Peru, Venezuela, África do Sul, etc. Todos muito superiores ao nosso.

Se o aeroporto é de primeira grandeza, o mesmo já não se pode falar do restante da cidade e das redondezas por onde passei.
A Índia tem gravíssimos problemas de infraestrutura e de pobreza acentuada. Imaginem um Brasil com muitos problemas, mas multiplicado por 10. Creio que isso consegue descrever bem este país.

Depois de se ficar muito tempo infurnado em Singapura, conhecer a perfeição da Austrália, é bom ver um pouco de zona para matar a saudade.........

O problema começa no péssimo atendimento do funcionalismo público do aeroporto. Lento e burocrático. Tudo com filas enormes, muito moroso.

O tráfego. Marginal Tietê é um paraíso, dá até saudade. A gente reclama de barriga cheia.
Aqui são bicicletas, pessoas, motos, triciclos, carros, caminhões, ônibus, tratores, todos brigando por espaço nas ruas. Aqui é terra de sem lei de tráfego. Ninguém obedece semáforos, ninguém anda em fila, nas faixas, cada um faz o que quer.
Num lugar que andariam 5 carros um ao lado do outro, em pistas demarcadas, ficam se espremendo, tentando furar fila, levar vantagem e acabam fazendo 8 ou 9 filas de carros. Não contentes em apertar um ao outro, não tiram a mão da buzina.
Não deixa de ser surreal. Em SP temos os motoboys. Na Índia são as motos, triciclos, carros, caminhões, ônibus e tratores. Só faltavam as bicicletas e as pessoas buzinarem também.
É estridente e no começo choca. Outra peculiaridade: imaginem aquela típica cena paulistana: O cara dá uma fechada em outro carro. O outro fica puto, buzina e manda o cara para a merda. O que foi xingado faz aquele sinal com o dedo e também manda lembranças para a distinta mãe do outro motorista. Estou sendo simplista para não ser mais trágico.
Aqui na Índia isso não existe. Incrível! Ninguém se altera. Ninguém discute no trânsito.
Os carros andam tão apertados que eles já se acostumaram a andar com os retrovisores fechados.
Isso quando não se tem gente na contramão; Só indo lá para ver que não estou exagerando.

As estradas são muito ruins. Mal sinalizadas e esburacadas. Uma viagem de cerca de 300km de distância, durou aproximadamente 9 horas. Saímos do hotel às 09 da manhã e fomos chegar no cliente por volta das 18 horas.

Postos de gasolinas e áreas de serviços - nada.

Banheiro, de vez em quando. Ou no mato ou improvisa-se.
Aliás esse assunto chega a ser até triste. Eles não consomem papel higiênico. O pessoal limpa com a mão (e com água). Obviamente, não sendo nada recomendado, em termos de boas práticas de higiene. Inclusive no hotel, os rolos de papéis são bem menores, devem vir menos de 10m de papel no rolinho.
Água - eu sempre estava com uma garrafa a tira-colo. Inclusive para escovar os dentes eu usava água mineral. Quando achei que tudo não passava de preconceito, vi uma manchete de um periódico local, que mostrave uma grave crítica contra o governo municipal, devido a problemas na qualidade da água potável, pois quase 20% dos pontos inspecionados estavam contaminados.


Já os indianos são como nós. Muito receptivos, gostam de bater papo, gostam de contato físico, são irônicos, simples. Somos muito parecidos em muitas coisas, tanto pelos problemas políticos e sociais, como pelo comportamento.
Uma coisa muito engraçada neles é que eles querem dizer 'sim' quando a balançam a cabeça no sentido da negação. Várias apresentações realizadas e percebia que não estava agradando. todo momento eu tentava fazer uma verificação com a audiência e sempre via sinais de negação com a cabeça. Num momento oportuno fui perguntar a um colega da empresa, o porquê de eles não estarem concordando. Ele deu risada e me explicou que todas as vezes eles estavam fazendo auqle sinal, significava o contrário.Diferente dos nossos costumes.
Eles são muito religiosos e espiritualistas. Muitos indianos não reclamam da vida que tem, simplesmente por que é o Karma deles passar por tudo aquilo. Portanto, são pobres, miseráveis... e felizes.
O pessoal local que estava viajando comigo tinham duas religiões: uns eram hindus e outros sekg.
Os hindus não comem carne. Somente frango e olhe lá. Entretanto, há outros que não comem nenhum tipo de carne, somente comida vegetariana.
Os sekg são os que usam turbantes e barbas no rosto. Todos são obrigados a usar a vestimenta. Como diz a Carolina "são os que parecem piratas".
Ainda há um outro grande grupo que são os muçulmanos, sem falar nas dezenas de outras religiões e línguas existentes.
No meio da semana passada eu estava louco para comer um bife, um filé, até mesmo um hamburger, e nada. Fomos até o McDonnalds e vi a foto do BigMac. Não pensei duas vezes. Carne, carne. Quando mordi era de frango e ao molho curry. Alíás, tudo aqui leva pimenta ou algo ardido, ou os dois. Só não lembro de ter provado pimenta na Coca Cola.
Eles comem com mão esquerda (pois a direita é usada no lugar do papel higienico). É muito comum eles não usarem talheres ou guardanapos. Ajuntam a comida com os dedos e mandam para dentro. No começo choca, depois se acostuma.

Lá eles não gostam de futebol. Por outro lado amam o Críquete. É o esporte número um deles. Para ajudar, neste momento, esta ocorrendo a Copa do Mundo na India, e o povo esta super apreensivo, pois a Índia não é campeã há quase 20 anos.

Cheguei até a viajar de trem, indo de New Delhi a Ludhiana em cerca de 5 horas. A viagem é confortável e tranquila. Inclusive tem serviço de bordo no vagão. Eu me lembro que o colega da SKF (Rajiv) disse que comemos um snack num estado, um aperitivo em outro estado, o jantar em outro estado e finalmente, um chá com sobremesa num quarto estado. Ou seja, numa viagem de 5 horas, passei por 4 estados diferentes. Só não me perguntem os nomes, por que é impossível ler os caracteres deles.


Depois eu posto as poucas fotos que tirei da viagem.

sábado, 12 de março de 2011

Terremoto no Japão

Incrível como a natureza age. Não importa se o país é rico ou pobre. Ela chega com um poder devastador. Recentemente, no início de Janeiro, vimos um grande problema de alagamento na Austrália, devido às fortes chuvas de verão.
Agora no Japão. Mesmo com toda a tecnologia de construção civil, vemos problemas até em contaminação radioativa.
Quando vi as primeiras notícias estava na Índia.
Assim como parte de vocês, também fiquei preocupado, pois um grande alerta de tsunami fora emitido.
Entretanto, Singapura tem um vantagem natural sobre os outros, que é sua localização geográfica. A ilha é protegida pela Malásia, Indonésia e Filipinas.
Não que seja impossível de algo ocorrer por aqui, mas a probabilidade é baixa.

sábado, 5 de março de 2011

4 anos para a nossa Carolina

Mais um blog para falar da nossa Carolzinha. Desta vez para uma mencionar um importante e histórico fato em nossas vidas: celebramos o aniversário de 4 anos.
Pois é, nosso primeiro aniversário longe do Brasil e sem a presença de familiares e amigos queridos.
Logo que chegamos temíamos pela chegada deste dia. Afinal, o que é um aniversário de criança, sem crianças por perto?
Para quem estava acostumado a ter uma pequena, mas barulhenta galera, participando de todo e qualquer evento de família, como seria celebrar um aniversário em terras tão distantes?
Mas no final tudo deu certo. Farei um parênteses aqui para justificar a famosa teoria de que "o mundo é pequeno e redondo", vamos a ela:
Na primeira semana que nos mudamos para o atual e definitivo endereço que nos encontramos, tivemos que fazer algumas cotações para a compra de um sofá.
Por indicação do pessoal daqui, fomos até um famoso shopping center local especializado em móveis.
Andando pelas lojas, sem querer passamos ao lado de uma casal que estava falando a nossa língua. De bate pronto já puxamos assunto e o casal, com um pequeno garotinho, foi muito receptivo e simpáticos conosco. Ao final da pequena e rápida conversa, trocamos telefones e tomamos o nosso caminho. Entretanto, a Roberta (François é o marido e Noah o pequenino) nos deu algumas dicas sobre como entrar em contato com a comunidade de brasileiros aqui de Singapura.
Paralelamente, na mesma semana, a Rosângela conheceu uma família (Ludimila, as duas filhas - Natália e Laura, e a Avó Lúcia) de brasileiros na piscina do condomínio, um pessoal igualmente bacana de Salvador.
Resumo da história para fechar o parênteses. Os maridos das duas brasileiras já se conheciam do Brasil , e sem querer, uma comentou com a outra sobre os encontros e no final todas acabaram se estreitando com a Rô.

As celebrações se iniciaram logo pela manhã, quando Rô e Beco foram até a escolinha da Carol e fizeram uma surpresinha para a nossa pequena, perante toda a sua sala de aula.
Aproveitaram a hora que todos se reúnem para o recreio para cantar parabéns.
Fato curioso: ninguém (pelo menos na escola da Carol) bate palmas ao som da famosa Happy Birthday to You...."

 As moças de avental preto são as 2 professoras da Carol. Uma britânica e a outra holandesa.
Bernardo esta de bico, de costas para a foto.

 Acima: em pé, atrás de Carol é a professora de mandarim.





Isto tudo ocorreu próximo das 10 horas da manhã.

O melhor viria à noite. Pois convidamos a pequena comunidade de brasileiros que conhecemos, com seus respectivos filhos.
Foi uma pequena festa organizada, como sempre, em cima da hora, no salão de festas do condomínio.
Ao todo foram 11 adultos e 6 crianças, com direito a festa com coxinha de frango.

A Ro esta ficando craque em fazer amizade por intermédio de troca de emails com a comunidade de brasileiros daqui. Sua network (ou seria net-housewife) contempla já uma boa quantidade de brasileiras residentes por aqui. Uma dessas faz bolo e salgados por encomenda. A gente testou e aprovou.
 As duas meninas próximas à Carol, são as soteropolitanas Natália e Laura. Ao centro, de vermelho, é Noah, filhos dos franco-cariocas, Roberta e François.
Noah é um menininho muito educado de 2 anos de idade. Entretanto é muito comunicativo e interage super bem com a turma.
Natália é  a baianinha mais velha. Também não para e frequentemente acompanha Carol no playground, pois mora no mesmo condomínio que nós.
Laura é a espoleta da turma. Ela e Bernardo fazem a dupla terremoto de Singapura. Tá gordo? Tá com problema de insônia? Tá sedentário? Vem cuidar dos dois durante uma tarde e seus problemas desaparecerão.

Este aqui em cima é Bernardo. Dispensa apresentações. Logo postarei algo somente sobre ele. Como diria nosso amigo Paulinho (esposa da Fabiana) "ele é virado no Jiraya".

 Acima, no primeiro plano, vemos Almir e François, e ao fundo Reinaldo, Elza e Damião com Bernardo no colo.
 Acima temos a ala cheirosa do salão, somente ficou faltando a Elza que estava na outra mesa. (da esq para direita: Sulih, Roberta, Ludimilla, Lúcia e Ro).
Curiosidade: Sulih é Indiana, porém morou muito tempo em Londres. O marido estava viajando e não compareceu, cuja nacionalidade é de Sri Lanka, um país vizinho da Índia.

 Acima temos Reinaldo, pai de Ludimilla (esq) e o casal carioca Elza e Damião.

 Acima, uma pricesinha muito bonita e simpática, chamada de Ayushi. Ela é londrina e também pode ser considerada uma grande amiguinha de Carol, pois sempre que podem ficam juntas.




Na festa, houve um momento que cantaram o famoso "parabéns para você", depois o Happy Birthday to You, depois a versão francesa dessa música (François é francês de naturalidade, porém cresceu no RJ), e por final a versão Indiana da canção.


Estamos felizes, pois o aniversário de 4 anos de nossa menina foi comemorado com êxito Agradecemos aqui todos os parabéns vindo dos familiares e amigos do Brasil.