Inesquecível. Foi realmente uma invasão. Coisa de doido.
Já na
estação de trem, a caminho de Yokohama, já se via muitos Corinthianos.
Da estação
de trem ate o estádio eram mais ou menos 15 minutos de caminhada. Neste curto
período já se sentia o calor humano e a bateria da Gaviões da Fiel.
A procissão
parecia um carnaval. Difícil descrever.
Na chegada
ao estádio todos eram recebidos por um enxame de brasileiros. A esta altura
ficava um tanto difícil de observar os gringos de camisa azul. Os poucos que
estavam com a camisa do Chelsea eram os japoneses locais.
Quando
entramos no estádio ainda havia muitos lugares desocupados.
Houve uma
partida preliminar entre um time mexicano e um time egípcio. Os mexicanos
ganharam e ficaram com o terceiro lugar.
As 7:15 da
noite os times entraram em campo após uma apresentação de bailarinos e um grupo
de musica pop.
Entrada a
la Copa do Mundo: ambos os times enfileirados e toda aquela cerimônia de jogos
internacionais.
Ficamos no
mesmo lado da torcida do Chelsea. Talvez uns mil ingleses e o restante todos os
japoneses. No meio disso tudo uns esparramados corinthianos.
Houve um
momento que ficávamos torcendo isolados. Receosos por represálias – os ingleses
são famosos por ser sangue quente. Para evitar encrencas decidimos sair dali e
ficamos numa zona mais japonesa e neutra.
Ainda
pudemos ver dali os remanescentes corinthianos sendo espancados pelos ingleses
nervosos que perdiam o jogo.
Ali ao lado
uma pequena fiel torcida gritava “Fuck you Tchelcê, Fuck you Chelseê”.
O Abbud,
meu amigo de trip, foi lá tirar um sarro e gritava “Go Home, Go Home!”. Teve
que sair correndo para não apanhar.
No meio
disso tudo um monte de japoneses nanicos, que não serve nem para ser bedéu de
escola primaria, tentavam educadamente e com sorrisos no rosto, apaziguar
aquele mundaréu de gente.
Eu pensava
comigo mesmo: “Se isso estourar esse pessoal não conseguirá dar conta de
segurar a multidão, mas nem ferrando”. Talvez tivessem colocado o Jaspion e os
Changemam de plantão...
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