No ano
passado foi eu agüentei minha sogra durante 4 meses aqui em Singapura.
Agora esta
sendo a minha vez de dar o troco na Rosangela: minha mãe veio junto do Brasil
para Singapura.
O legal é que
foi a primeira viagem internacional da velhinha. O primeiro carimbo no
passaporte.
Como o vôo para
Singapura é muito longo, para evitar constrangimentos e inconveniências em
terceiros e para preservar nossa prole, sempre fazemos um stopover.
Chique não?
Fazer um stopover. Dá até para sentir um certo ar de esnobe dizendo essa
palavra em inglês. Tirando as frescuras, stopover significa fazer uma parada de
alguns dias no meio do caminho. Exemplo: se você for viajar para fora e
necessitar fazer uma conexão ou escala, em vez de sair de uma aeronave e já
entrar em outra, há a possibilidade de dar uma escapada no local da parada por
alguns dias ou semanas, sem custo adicional. Desta vez fizemos nosso stopover em
Barcelona.
Tirando o
fato e o blábláblá que a cidade é realmente encantadora e maravilhosa, não deixa
de ser emocionante e dá um orgulho de oferecer essa oportunidade aos amados
pais. É uma experiência muito bacana, e assim como minha querida sogra, podemos
considerar que pagamos parte das nossas dividas que temos com elas, afinal
foram anos aturando a gente.
Mas, como não
poderia deixar de acontecer, seguindo e lema que levava a sério na adolescência:
“o importante é causar problemas”. Sacaneamos a velha.
Minha mãe fica
muita a vontade ao cuidar da Beatriz. Fácil de entender: ela ainda é um bebê,
fica sempre no carrinho, não dá muito trabalho. Diferente do Bernardo e da
Carolina que temos que ficar correndo atrás, sempre em alerta, segurando a mão para
não se perderem, carregando no colo vez em quando, administrando conflitos, etc,
é mais conveniente cuidar da Beatriz.
Entretanto,
algumas vezes, de propósito, dávamos um perdido. Deixávamos o Bernardo com a
minha mãe, para ela adquirir experiência, e demorávamos em voltar. Resultado:
ela nunca se queixou da demora, entretanto, para quem sempre reclamara que
tinha insônia, dificuldade ou que demorava a pegar no sono, ela simplesmente desmaiava
antes das 9 da noite, e sem parar, despertava depois de 8 a 10 horas de sono.
Esta foto foi tirada depois de um dia intenso no condominio. Sim, a Carolina esta dormindo com a avó dela.
Minha mãe é
muito desatenta. Vira e mexe ela fica olhando para o nada, e a gente tem que
parar e pedir para ela prestar atenção para não se perder. De tanto falar, teve
uma hora que eu meio de saco cheio decidi pregar uma peça. Andamos um pouco
mais rápido e nos escondemos no meio da multidão de transeuntes, atrás de uma
banca de flores. E ficamos observando. Quando ela percebeu que estava sozinha,
no centro de Barcelona, sem mapa e sem referencias, ela congelou e começou a
procurar pela família. Não sei o que passou pela cabeça dela, mas deu para ver
a cara de alivio quando, depois de uns bons minutos, pedimos para a Carolina resgatá-la
das trevas.
E para
provar parte dos relatos de que ela ainda estava sem ritmo e meio que
desacostumada a conviver bastante tempo com crianças, seguem algumas fotos tiradas dela desmaiada no aviao, depois de ficar tentando domar o Bernardo:
Nossa, como a Carol consegue dormir desse jeito..rs.
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