Bem no coração de Singapura há um parque muito bonito. Seu nome: Fort Canning Park.
Localizado no alto
de uma colina, bem perto do centro financeiro e de uma zona tradicional de
bares e discotecas noturnas, o Fort Canning Park é um marco histórico daqui.
Primeiramente possui
uma conotação histórica, pois de lá que um rei malaio governou a ilha
durante um bom tempo.
Também foi lá que,
segundo a lenda, durante a Segunda Guerra Mundial, mesmo sendo um ponto
de resistência, os britânicos rendidos, decidiram entregar a ilha para o domínio
japonês.
Por isso que encontramos bunkers e edifícios
militares.
Esse lugar, por possuir um campo
aberto no alto de uma colina, é um dos melhores lugares para se realizar um
concerto ao ar livre.
Primeiro porque o relevo ajuda a ver
o palco, de qualquer lugar. Como se fosse um anfiteatro.
Segundo, porque facilmente se
consegue isolar o lugar em função dos edifícios e da geometria do parque.
Terceiro, porque o local a noite é charmoso
e aconchegante. Portanto, um palco perfeito.
E lá foi eu ver uma das minhas
bandas favoritas (de todos os tempos). Assim como muita gente fala dos Beatles,
dos Stones, meu pai de Chico, Caetano, Tom. Eu falo do New Order.
Tudo bem que eles estão velhinhos,
sem disco novo na prateleira, como que buscando caça níqueis depois de velhos.
Mas quem se importa? Fanático que
sou, tudo é irrelevante.
Peguei o green card com a Rosangela
e fui sozinho ao concerto.
Consegui ficar num lugar muito bom,
quase no gargarejo. De frente para o vocalista/guitarrista.
Singapura possui muitos britânicos,
e como a banda é oriunda de Manchester, senti-me como um lorde inglês.
O show, antes, durante e depois, não
houve correria, empurrão, nada de bagunça. Tudo muito bem organizado.
Acesso ao local e saída do concerto com
fácil circulação e sem tumulto.
O parque estava tomado de gente, não
sei ao certo a capacidade, mas estava cheio.
Isso tudo é bacana, mas ao mesmo
tempo um pouco frio.
Eu assisti ao show do New Order em
2006, um pouco antes do nascimento da Carolina. A galera pulou e suou como uma
academia de ginástica e dança. Outra vibração.
Aqui em Singapura, uma tranqüilidade,
Chega a ser meio patético. Não é a toa que os gringos amam tocar para latinos.
Lembro-me perfeitamente, que entre
uma musica e outra, se fazia um silencio mortal. Como se uma orquestra sinfônica
estivesse esperando o regente dar o comando para iniciar a musica.
Eu juro! Dava para conversar com o
vocalista.
Um sujeito ao meu lado solicitou que
eles cantassem uma musica. O vocalista escutou e num tom irônico disse “Nos não
adiantamos o repertorio”.
Na hora eu pensei em gritar: “Toca
Raul, porra !!!!”
Coisas de Singapura.
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