Libertação.

Hoje a minha história ficará marcada, não somente pelo trabalho realizado na Coréia do Sul, mas pela frustração de não ter podido ver e sentir a emoção de ser campeão da Libertadores.

De manhã, logo que acordei, pensei, “PQP, como farei para saber do resultado do jogo?”.

Para minha sorte, a Coréia é muito bem servida de Internet, e nisso, as redes sociais foram sensacionais.

Na hora que o Corinthians marcou o segundo gol, eu estava on-line na Internet, vendo o resultado pelo celular. Dei um grito de GOL !!!!! Os outros dois coreanos que estavam no carro, ficaram me olhando com cara de assustados. Então eu expliquei a situação e eles deram muita risada.

O processo de catequização em divulgar o nome do Corinthians no exterior esta funcionando. Mais gente esta conhecendo o Timão. Aliás, para que pagar um departamento de marketing e depender do Ronaldo Fenômeno se eu posso fazer o mesmo?

Mas antes de encarar três de horas de viagem, ainda antes do jogo, ao colocar os pés para fora do hotel, percebi que o tempo estava completamente nublado e a chuva bastante pesada.

Estava no lobby do hotel, aguardando minha carona com os colegas da SKF, pensando comigo mesmo: “Ihhh! Será que isto é um mal sinal. Chovendo forte desse jeito! Será que isso significa derrota?”.

 Foto tirada da janela do hotel, um dia antes da final.

Abaixo, a foto tirada da mesma janela, no dia da final.

Tentei me acalmar, controlar a ansiedade e pensar positivamente.

Meus colegas chegaram e entrei no veículo.

Depois de alguns minutos, já com o carro em movimento, iniciei aquele típico diálogo de quem não tem muito assunto com o meu colega coreano:

- Que tempo, não? Muita chuva. Um pouco ruim pegar estrada debaixo dessa tempestade.

Então ele me respondeu:

- Você sabe que estávamos rezando para que chovesse. E forte desse jeito. Há muito não se chovia por aqui, e estávamos quase quebrando um recorde negativo de seca. Portanto, é um bom sinal esta chuva de hoje, pois estávamos torcendo muito por ela. Foi uma dádiva.

Um pouco de chuva na estrada.

Pronto! Minhas preocupações foram pro espaço. Aquilo era um legítimo e puro sinal de sorte.

Dali em diante era somente esperar o final do jogo, pois sabia que não iríamos perder aquele jogo por nada, e que finalmente, iria gritar “campeão da Libertadores da América”.

E parece ate brincadeira. Logo que o jogo terminou, a chuva parou. Coincidências? Prefiro acreditar em coisa divina. Veja a foto abaixo:

 A viagem foi tranqüila e segura, eu feliz da vida, e no final, a reunião com o cliente fora um sucesso.

Esta final também fora interessante por mais alguns motivos:

Creio que a audiência do jogo deve ter alcançado marcas maiores que jogos da Copa do Mundo. Nem tanto pelos 30 milhões de Corintianos, mas pelos Anti-corinthianos.

Vale lembrar que devemos agradecer muito a eles, pois nos trouxeram muita sorte.

Que gente mais amargurada.

Quando o time deles joga uma final, eu não me lembro de ter perdido tempo em assisti-los pela televisão.

Obviamente que torço contra e tiro barato, mas somente depois do jogo.

Entretanto, foi incrível como a coisa se amplificou desde o jogo contra o Vasco da Gama. Somente posso dizer que realmente devemos incomodar ao ponto de fazer tanta gente sofrer.

Parafraseando algumas pessoas – infelizmente não consigo evitar – ser corintiano não é para qualquer um. Nunca será. Somente gente especial sabe o real significado disso.

Podem perceber. Sem saber vocês amam os corintianos. Não somente incomodamos como somos idolatrados.

Pensem bem: Quando você esta numa roda de amigos, sempre tem aquele cara que é o mais especial, o mais querido. Se você perguntar para que time ele torce ...

Quando tem um cara muito carismático e engraçado, perguntem a ele para que time ele torce ...

Você deve conhecer lideres e pessoas que cativam multidões. Perguntem para que time ele torce ... já sabe a resposta.

Portanto, Antis, vocês nos amam. Ainda não perceberam a importância que temos em vossas vidas.

Um abraço especial para meus grandes amigos corintianos: Alexandre, Fabio Diaféria, Fabio Lima, Glauco, Abbud, Nei, Fabiana, Eri e Ricardo Xuriço.
Abracos aos Curintianus da SKF e da ABB do Brasil.

Não posso esquecer-me da minha família: Pai Marcão, Marcius, Rosangela, Marcelo Ladeira e aos meus primos e primas do Brasil.

Hoje seu Lourenço Diaféria deve estar muito mais feliz.

PS: Quem pode me dizer como e onde comprar ingressos para o Japão?